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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Rascunho de amor


 Nestes últimos dias, tenho aproveitado este tempo choroso para ir relendo uns poemas da melhor poetisa portuguesa de sempre, a meu ver é claro. A Sra. Florbela Espanca. Neurose a mais, neurose a menos, creio que não há espaço nem tempo para discutir a genialidade da sua obra de uma força , tristeza e ambição intemporais, que muitos ainda não compreendem. Um dia destes prometo fazer uma publicação sobre a preciosa riqueza que deixou a este país!A deprimir umas vezes, e a meditar noutras, abriu-se-me o apetite para a escrita, e foi o que fiz, escrevi. Esta é uma carta de amor que nunca foi escrita. Nunca foi entregue. Mas que foi relida uma centena de vezes. É uma daquelas cartas que guardamos dentro de nós.


"Amor,
A incerteza não me deixa viver.
Não ostentas desamor por mim, e no entanto, a insuficiência do teu amor, comparece, sem nunca se atrasar. Desgasta o meu, sabes? Talvez tenhas uma guerra dentro de ti e o meu egoísmo não a compreenda. Talvez o teu olhar alucine que não deves nada ao mundo, que as guerras não te pertencem. Mas e eu? Eu estou aqui. Perdi três comboios, cinco sonhos, e um amor.
Por isso hoje, mas só hoje, peço-te: abandona-me de uma vez. Mostra-me de forma clara e rude, que não me amas. Descortina a névoa do que somos, deixa-me ver-te.
Hoje suplico-te: deixa-me de uma vez por todas. Sê mau. Vira as costas, grita, diz  que não presto, que não sei amar alguém que não eu. Diz que a minha beleza já não te alicia, que a minha alma à muito apodreceu. Diz que mereces melhor, que não te dou valor, que sou chata. Diz que a história que escrevi é ficção, e que não há amor que sobreviva a esta vida. Deixa-me triste, deixa-me só.
Perdi a inocência e nunca aprendi a recitar para mim mesma, um silêncio que a minha canção não compreende. Eu sei, já te pedi muito. Mas por favor, entende. O meu corpo é demasiado pequeno para o que tenho dentro do peito. Pelo menos lembra-te disso.
Hoje não peças desculpa, não uses clichés, não te justifiques, não te compares, não digas que mereço mais, que sou muito mais. Não me peças para domar uma dor que não sentes. Não digas que me conheces os cantos. Não me elogies com uma perfeição que não me pertence. Não prometas que vai ser diferente. Não jures que vai melhorar. Não me abraces, não me beijes, não me toques. Não me embales com esses gestos que tão facilmente me tomam a sensatez. Não te deites a meu lado triste. E por favor.. Não chores. As tuas lágrimas tornam tudo mais difícil , amor. Caiem como folhas, despem-te. E eu fico ali, pasmada a olhar para o teu rosto, encarando a inutilidade de um choro que nunca nos  levou a lado nenhum.
Hoje não, não me digas para ser paciente. Não me peças compreensão. Nem sequer discernimento.
Faz assim, olha-me nos olhos, aperta-me a mão e diz baixinho: acabou.
E o meu adeus vai ser leve. Leve como uma pena, mas sem pena de nada.
Vou apanhar um avião, vou dar mais a mão, vou sorrir sem noção.
Porque finalmente, o adeus é a certeza.
Tu sabes, sobrevivo na incerteza. Mas na certeza! Ai na certeza! Na certeza repouso em paz."





 Espero que tenham gostado!




Beijinho,
Lili






quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Futilidades de uma sonhadora

Como sonhadora que sou, e mulher que construí, mantenho um certo prazer fútil e masoquista, em deixar-me levar pela curiosidade e explorar o mundo paralelo das "celebridades" e das suas vidas de sonho. No  top ten da minha lista de pessoas com vidas ridiculamente  espectaculares está sem sombra de dúvidas a famosa Olivia Palermo.
Para quem não conhece, esta menina é filha de um milionário americano qualquer, e , ficou conhecida mundialmente pela participação num daqueles reality show's da MTV, o The City. (no género do The Hills)
Basicamente, para além de ser linda, ainda trabalhou como relações publicas da marca Diane Von Furstenberg e da ELLE americana. (Já não bastava ser rica e bonita, também tinha que ter empregos de sonho! Rrrr)
A verdade é que esta,  é reconhecida para a grande maioria das pessoas, (mulheres, vá) por ter um estilo verdadeiramente único e inesquecível. Delicado, romântico, clássico. Pessoalmente fico encantada! É impossível, ou muito pouco provável, que não nos deixemos deslumbrar por as particularidades do seu estilo, como it girl que é. (Muito Blair Waldorf, adoro!)
E pronto, isto tudo chegava para criar-me uma onda de ciumeira infantil... 
Mas não, isto não acaba por aqui.
A querida não se podia satisfazer com tudo aquilo que já possuía. Tinha ainda que ter uma linha de colares exclusivos, com preços de fazer chorar de rir aos pobres, (como eu) , e ainda um blog de beleza/moda/lifestyle. 
Para acabar com a réstia de dignidade que eu ainda possuía por ser feliz com o pouco que tenho, veio o namoradinho da querida. Chama-se Johannes Huebl. É alemão. É fotografo. É lindo de morrer. E tem charme para dar, vender, trocar, leiloar, eu sei lá.
Bem, vou aliciar-vos a partilharem a minha dor infinita  por não ter a conta recheada. Nem um emprego de sonho. Nem um cabelo perfeito. 









Mas principalmente, por não conhecer nenhum fotografo alemão...









Deixo aqui o link do Blog da ranhosa: http://www.oliviapalermo.com/



Beijinho,

Lili.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Mudar ≠ Morrer



Dentro das coisas que mais me irritam no mundo, e convenhamos, a lista não é pequena, está a falsa perspicácia das pessoas que na hora da discussão atiram com o seguinte cliché : “Pensei que te conhecia, afinal estava enganada(o).” Querida/querido senhora/senhor que utilizam frequentemente este argumento. Sim, vivem enganadinhos de todo! Mas nem é pela força do pseudo argumento, muito menos pela sua veracidade. Na realidade, conhecem muito bem, ou não querendo exagerar, pelo menos um pouco, da pessoa com quem a discussão ocorreu. O que a vossa cabecinha não vislumbra ( peço desde já desculpa a todos os leitores enganadinhos) é que conheceram a pessoa num dado momento, numa determinada condição e situação. Eu não sei se fui só eu a reparar, mas em apenas um ano existem quatro estações. Curiosamente muito diferentes. Ora, se a própria natureza se transforma, nós, ditos seres de uma “inteligência superior” (realmente só em alguns casos), não teremos também o direito e o dever de sofrer uma transformação de vez em quando?
Já nem digo às segundas, que é um dia universalmente penoso. Mas caramba! Sobram seis dias. Parece-me que são dias suficientes! Mas não, aos dogmáticos com que de vez em quando me cruzo,a ocorrência de uma evolução  é contraditória. Ai de quem diga que mudou, credo! O que escapa a estas pessoas, é que mudar não significa inevitavelmente perder. Significa também modificar, converter, transformar. “Mas ele sempre foi benfiquista e agora diz-se sportinguista!” Epá, deixem que cada um cuide da sua liberdade individual e faça o que quiser com ela. Não consigo perceber a indignação alheia, quando as ditas ‘mudanças’ nem sequer interferem na sua própria liberdade. E se ‘a tal’ mudança fosse para o FCP, ainda conseguiria perceber minimamente a indignação, agora sendo assim..
Não entendo.
Nascemos livros brancos que, depois de rabiscos, desenhos, letra à mão, letra à máquina, poesia e prosa, continuamos a aprender a cada dia que nasce. Ora, se a aprendizagem não provocasse mudança, era simplesmente inútil. Assim, parece-me lógico e coerente, que sejamos diferentes pessoas ao longo do nosso percurso e nos diferentes campos da nossa vida. Eu não sou a mesma pessoa que há 3 anos atrás, nem à 5, nem à 10. Logo a minha perspectiva em relação à educação,à cultura, à politica, à família, às relações, e à sociedade em geral, certamente não irá ser a mesma. E quem diz um ano, diz uma semana. Acredito piedosamente, que o paladar da existência é exactamente este: a possibilidade de nos encontrarmos no cúmulo de pensamento díspares, de compilarmos acções contraditórias, de sermos sempre a mesma pessoa, e no entanto, viverem tantos seres antagónicos dentro de nós.
Posto isto, por favor, para o bem das relações com os outros, para o bem do meu temperamento, ao discutirem, pensem antes de falar.
Conheceram a pessoa e ela mudou entretanto Get over it! Com certeza (espero eu) vocês também evoluíram. A introspecção não enjoa, nem nunca é demais e a pequena 'diferença' do outro que tao arrogantemente vos incomoda, pode ser, quem sabe, a base de uma nova felicidade. Aceitem a novidade nos outros. E mesmo que não convenha ao vosso egoísmo, esforcem-se para a compreenderem.



E nunca, nunca, nunca, finjam ser algo que não são (ou que já não são) para fazer alguém feliz.
Beijinho,

Lili.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pernas não vos quero!

Pernas para que te quero?!
Desde que me conheço, que as minhas pernas são minhas mãos. Confuso?! Talvez…para alguns! Para mim nunca foi, aprendi desde que nasci que as minhas mãos seriam mais do que simples mãos!!!
Hoje, as minhas mãos levam-me pelos caminhos surpreendentes do destino, caminhos alcatroados caminhos sobre terra batida!
Mãos que tocam nas rodas que me levam pela vida fora!
Mãos sofridas, mãos gloriosas! Mãos apaixonadas, mãos preciosas!
Lutar, suar, sangrar e até lágrimas! Mas nada me faz parar!
Mãos que me fazem ganhar tal como se pudesse voar! Não posso parar!
Caminho sobre rodas…sim numa cadeira de rodas! Acabou-se o tempo em que ficar paraplégico era o fim, para mim acabou desde que nasci!
Quando se está numa cadeira de rodas não é o fim do mundo, mas pode ser o início de uma nova visão do mundo.
A minha cadeira de rodas é um apêndice do meu corpo, não faz parte da minha personalidade.  A Cadeira acompanha na perfeição todos os movimentos do meu corpo, adaptou-se a mim e não eu a ela, é um complemento da minha força e não a minha fraqueza pois é ela que me leva onde eu não posso ir e porque não me conformo com o conformismo e portanto desde cedo, tomo decisões na minha vida que como outros diriam não lembram nem ao diabo, e por isso sou modelo, tirei curso de desporto entre outras mas mesmo assim sou deficiente motor. Irónico?! Contraditório?! Ou até impossível?!  Não penso assim, apenas faço o que quero e o que me dá prazer. Não é por andar numa cadeira de rodas que tenho de ter um padrão de comportamento que a sociedade reservou para os deficientes motores.
Ser feliz não é ter duas pernas, eu também as tenho se bem que não me servem para andar , mas e daí?! Tenho duas rodas que me levam onde tu também vais!  Ser feliz, sou eu, e gosto de mim como sou! E…”pernas para que te quero?! Se tenho asas para voar!”

terça-feira, 19 de novembro de 2013

SAUDADE


Tipicamente portuguesa , é a palavra que nos embala, que nos faz viajar, que nos traz o lamento. E não há remédio, sopa ou cigarro, que a tranquilize dentro de nós.
A saudade enrodilha-nos numa manta tricotada pelo tempo que vivemos, e que gozámos ontem, anteontem, à muito tempo. Já nem sei contá-lo... A saudade faz viver, faz reviver, faz noticiar, esperar. Cria expectativas que a realidade não permite superar. Cria  momentos singulares na nossa vida, soberanos aos verdadeiros acontecimentos. Faz arder o estômago, carrega consigo o traiçoeiro desejo de poder voltar. Rouba sorrisos imprecisos, de quem sente algo, que ninguém pode roubar. Perspectiva a natureza das coisas, valoriza o que foi perdido e transforma a sujidade em beleza. A verdade é que não há um só momento que supere a excelência de uma memória. 
A memória é uma raposa. Fugaz, traiçoeira. Chega pela noite, e quase sem se dar por ela, deixa-nos um rasto de pedaços do passado. Foge meticulosamente roubando-nos a razão que ainda nos sobra. Cria-se então, um ciclo infinito de ardores. Primeiro a dor, sólida e solene, pilar do que somos. De seguida, e muito rapidamente, chega a saudade. Arranha-nos por dentro, impossibilitando que a leveza da memória nos permita soltá-la. Da saudade à nostalgia vai o dedilhar de um fado. E quando se sente o ultimo acorde, o último suspiro, rebenta a melancolia. A robusta melhor amiga da incomensurável insatisfação. Chorar o perdido pode ser satisfatório para quem não urge possuir muito. Mas, para os vestidos de insatisfação crónica, quase inata, chorar as dores não é suficiente. Chora-se assim as possibilidades, os números, as paisagens e os sorrisos. Choram-se os abraços e os beijos, as despedidas e as mentiras que nunca chegaram a acontecer. Choram-se as promessas que nunca foram ditas, os sonhos que não chegaram a ser segredados. Chora-se a “ultima conversa”, que não houve, o “ultimo adeus” ,que não existiu.
Sim, quem um dia quis, sofreu.
A saudade e a tristeza são irmãs separadas à nascença.. Existe, irremediavelmente, um conjunto de cheiros, músicas, sorrisos, que nos fazem viver além tempo. Aquele espécie tão pessoal de humor, aquele afecto, aquela protecção, o particularismo de determinada forma de estar. A forma como cada pessoa nos cativa, prende e guarda não se perde. No entanto, troca-se a pessoa pela tristeza.
 Dentro do que somos, creio eu, existe um espaço enorme de saudade, criado para ser apreciado na posterioridade do instante. É engraçado como este espaço nunca está lotado. Existe sempre um espaço para mais uma memória, ou duas, ou três. Mas só Deus sabe o bem e o mal que nos faz espreitar aquele recanto de nós, deixando, só por mais uma vez, arder o fogo, que o tempo um dia roubou.




Despeço-me, com um dos sábios fragmentos da obra com que Pablo Neruda um dia nos brindou:
“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos magoa,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...”


Beijinho,

Lili.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Asas para viver

Só há uma coisa pior no Mundo do que vítimas: as falsas vitimas. As falsas vitimas são aquela espécie de criaturas que se adaptam e vivem em todas os climas e mais alguns, sobrevivendo da pena alheia, que vão recolhendo e catalogando ao longo do tempo. Infelizmente, ou não, tive um tipo de educação que nunca me permitiu possuir  paciência e compaixão por este tipo de pessoas, os ditos abutres sociais. Criaturas que se alimentam das fraquezas dos outros para prosperarem. Não quero com isto dizer que, não sei compreender e amparar as verdadeiras "vitimas". Todas as pessoas que me rodeiam carregam consigo um passado mais ou menos miserável, incluindo eu mesma. Todos temos falhas, todos cometemos erros, todos já sofremos numa proporção maior ou menor, dores que não devíamos ter sofrido. Certamente que aceito.  Tudo bem, chama-se a isso a vida. A natureza e vida vivem de um equilíbrio necessário. Sem a chuva, o sol não tinha importância. Sem a dor não reconhecíamos a alegria. Vivemos numa linha de altos e baixos, de quedas e ascencões.
Assim sendo, é natural que aprecio pessoas que levam muito a sério aquele veredicto do "  Entre o querer e o ter, só há a vontade !"  E apesar de ser uma pessoa arrogantemente realista e friamente prática, acredito piedosamente nisto. Não somos o que temos, somos o que fazemos.. Ora, como a vida é uma encruzilhada de ironias, não poderia deixar de falar no meu caro colega de Blog, o Sr.João Matias. Escrevo senhor porque o respeito e a admiração que tenho por ele obrigam-me a fazê-lo. Então não é, que este rapaz, igual a tantos outros, nasceu com uma  doença congénita, acarinhada pelo nome de spina bifída.. Podia ter nascido constipado, amuado, ou sem um dos mindinhos. (que sejamos francos; não servem para ABOSULUTAMENTE nada!) Mas não, tinha que trazer com ele uma doença que ainda por cima não é de forma alguma fácil de soletrar: s-p-i-n--a  b-i-f-i-d-a. Que monstro, CREDO!!
Diz-se por aí, e tenho visto com estes olhinhos que a terra há-de comer, que o João a partir do momento em que foi escolhido por esta doença, foi também apadrinhado por um daqueles adjectivos tão portugueses que metem dó.Nada mais nada menos, do que aquela palavra tão vulgar e diária, como "coitadinho". Sim, o João foi ao registo civil e mudou o nome de João Matias para João Coitadinho Matias. Isto porque, não fazia sentido, ser apelidado pelo nome previsto, quando trazia consigo tantas dificuldades e entraves a uma vida "normal." (normal considerado aqui como socialmente agradável e aceite)
Bem, como a ironia e a vida, se cruzam tantas vezes, calhou que o João não se deixasse seduzir pelo seu novo nome . Aposto que foi preguiça ao escrever! É que pensando que não, de tanta vez  que teve que escrever coitado ( na escolinha, em papéis burocráticos, na inscrição do cartão do continente,)  cansou-se.. 
Até pela palavra chata e desnecessária que é.
O João é daquelas pessoas que eu gosto, que se cansam. Que vêem mais além. E o melhor de tudo.. Fazem por isso! O passado puxou-lhe as orelhas. Mas ele não o interpretou mal. Não se fez de falsa vitima. Não o transformou em amuleto do seu próprio azar. Nem num mau presságio do seu futuro. Potencializou-o. Desenhou uma rede de sonhos, e lutou por eles. Não sou ninguém. Ninguém é ninguém, para julgar a dor do outro. Mas e o sofrimento? Dores todos as temos. Algumas chegam até a serem insuportáveis. Mas o sofrimento é criado, e é criado pela única pessoa que o pode travar: nós mesmos. Daí a minha admiração por este rapaz. Não só venceu os seus próprios medos, as suas limitações, as suas inquietações e inseguranças, como derrubou o preconceito dos outros e provou a todos (nomeadamente a si mesmo) que tudo é possível quando a vontade é grandiosa o suficiente. O João frequentou um curso de desporto. É Booker e foi o primeiro Modelo em cadeira de rodas no nosso país. Partilha a sua história com o mundo sendo orador motivacional. É atleta de ténis em cadeira de rodas. Protagoniza o filme Born to fly. E o melhor de  tudo o que já conquistou profissionalmente: é boa pessoa. Não se deixou arrastar por o lado negro que a vida às vezes tem. Fez da sua própria luz, a luz de muitos.
Porque não, pegar no exemplo do João, entre tantos outros lutadores, que diariamente escrevem a sua própria história? Porque é que não usamos  as nossas próprias asas para na sétima queda, não termos que nos preparar para a 8º subida, mas sim para o 1º voo?
A nossa vida, o nosso destino, somos nós. E nós, com tudo o que temos (pouco, muito, tudo ou nada) somos abençoados com um par de asas. 



Beijinho,

Lili




sábado, 12 de outubro de 2013

Música Portuguesa

Olá Pessoas!
Mais uma vez, tornou-se não impossível, mas muito difícil , encontrar um pedaço de tempo entre as minha obrigações e a minha preguiça crónica em vir aqui dizer um Olá.
Hoje dei por mim a passar uma tarde inteira a ouvir música portuguesa..
E melhor: não era folclore, não era Tony Carreira, não era Liliane Marise! True story, a música portuguesa , apesar de ter um rótulo de música ultrapassada, inadequada, ou até, música que não chega bem a ser música (dizem os entendidos na matéria) sempre teve artistas fabulosos, marcantes!
Quem nunca se emocionou a ouvir Mariza cantar a "Gente da minha terra?" , quem nunca recordou um amor perdido a ouvir o grandioso Rui Veloso a cantar "anel de rubi"?, quem nunca cantarolou "a carga metida nos contentores" dos Xutos? A música portuguesa faz parte da nossa própria história, muda a nossa história, faz-nos recordar, viver, e reviver os melhores e piores momentos.
Assim sendo, lembrei-me  (como pessoa generosa que sou) de partilhar convosco alguns dos artistas musicais que ando a ouvir mais recentemente..
São estes:

  • B fachada
  • Tiago Bettencourt
  • Capicua
  • Algodão
  • Foge Foge Bandido
  • Feromona
  • The gift
  • Osso vaidoso
  • Os capitães da areia
  • Os pontos negros
  • doismileoito
  • João Coração
  • Samuel Úria
  • Miúda
  • Rádio Macau
  • Rodrigo Leão

Existem muitos mais, mas a minha memória de peixe não me facilita a vidinha! Entretanto ando obcecada com uma música de um amigo meu. Não sei se é a letra, se são os acordes.. Há ali qualquer coisa, mas há. Já agora, o meu amigo chama-se kiko, e é o guitarrista da banda  the Dukes Of Speed. 

Para quem gosta de Rock e tal, dê uma vista de olhos na banda dele: https://www.facebook.com/TheDukesofSpeed?fref=ts

Entretanto deixo-vos também o vídeo da tal música pela qual criei com carinho esta obessão : )


http://www.youtube.com/watch?v=hFlgdDkz3YQ&feature=c4-overview&list=UUZqiCfHjZprps_ed2JX0JJA


Beijinhos e Abraços,

Lili

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Milão

Ciao belos!
 Ao longo do tempo e dos posts  vão notar um ligeiro tom sarcástico na minha escrita. Peço desde ja desculpa se alguém se sentir ofendido, mas  acreditem, não é intencional, é uma espécie de dom que os meus queridos papás se encarregaram de me oferecer! 
Escrever sem me apresentar seria rude, pelo menos assim o considero. Assim sendo, chamo-me Liliana Silva, e preferencialmente gosto que me tratem por Lili. (sintam-se à vontade para o fazer nos comentários, etc) Queria pedir desculpa por o meu post vir tão tardio mas (in)felizmente os compromissos profissionais roubam-me a vida social, nomeadamente o tempo que dedico à escrita. Posto isto, vou falar um bocadinho sobre uma das cidades que mais prazer me deu conhecer neste Verão , a eterna cidade da moda italiana:  Milão. 
Em Junho, de malas às costas, parti com a minha melhor amiga numa aventura até Itália. Na mala levávamos apenas uns trocos, umas quantas peças de roupa, e um mapa do metro. Na cara o sorriso de quem não sabe com o que contar, mas que é feliz ainda assim. O intuito da viagem nunca foi realmente o descanso do peso da rotina, mas a aventura e a partilha de uma nova cidade, de um novo país e de uma nova cultura,  com uma das pessoas mais importantes na minha vida. Devo confessar que antes de visitar Milão , a cidade surgia-me como sinónimo de moda, de glamour, de exuberância, riqueza e luxo. Depois da experiência que vivi não posso dizer que a minha ideia tenha mudado, simplesmente  tornou-se mais complexa. 
Milão é a cidade da moda, mas sobretudo da elegância. Elegância , que creio eu, está muito assente na história de um pais onde a arte assume um papel fundamental.Em cada rua, em cada loja, em cada restaurante, no centro e até  mesmo nos bairros familiares, é perfeitamente visível o papel central que a estética possui.  Ficámos instaladas numa hostel  de paquistaneses onde fomos recebidas maravilhosamente bem , apesar dos 34º às 2 da manhã. ( fora isso e a barata mutante-gigante que se atravessou no nosso caminho, tudo perfeito!) E mesmo naquele bairro dos arredores da cidade, habitado maioritariamente  por imigrantes do este, estávamos rodeadas da beleza que a arte nos proporciona.
Ora bem, exceptuando as mil aventuras e encrencas em que nos metemos, apanhámos o metro para Duomo (centro de milão) e fomos conhecer a praça de Duomo onde estão localizadas a Catedral de Duomo e a Galleria Vittorio Emanuele II. A catedral foi só o edifício mais bonito e imponente que já vi na vida. De estilo gótico, possui 157 metros de cumprimento por 109 de largura. São tantos os pormenores, e a perfeição destes, que acredito ser impossível , até mesmo a uma pessoa insensível à arquitectura, não se deixar deslumbrar por instantes.  Mesmo ao lado, a Galleria Vittorio Emanuele II , o shooping mais antigo do mundo, ergue-se imponente, gritando-nos que é o santuário do luxo, para quem é apaixonado por uns bons sapatos, um vestido elegante , uma mala de sonho, ou um quadro histórico! As tardes  que lá passámos, eram aproveitadas a apreender, apreciar e comentar entre nós, a perspectiva que cada um tinha sobre uma determinada pessoa que passava.  (Hábito tipicamente português , penso eu).
 Realmente, e no meu ponto de vista, Milão é a cidade da moda, mas não no sentido Fashion , de se seguir as tendências de cada estação. Vi muitas pessoas a seguir as tendências é certo, mas na sua maioria, os milaneses, conservam um estilo sóbrio, clássico e elegante, mas também confortável, que me faz lembrar um bocadinho uma mistura entre a Kate middleton, a Blair waldworf e a Olivia palermo.. Parece-me assim, que apesar da moda ter uma importância concreta na cidade, ainda é o estilo que predomina sobre esta. Dentro deste assunto, uma das coisas que mais me espantou foi o forte  interesse por parte do sexo masculino por a sua própria imagem. Posso dizer que já tive a sorte de ir conhecendo alguns países , e nunca , em cidade alguma, vi uma quantidade tão grande e diferente, de homens lindos, bem apresentados e vestidos impecavelmente! Muitos deles ofuscavam a mulher que os acompanhava, coisa estranha de se ver onde quer que seja..
Para quem é verdadeiramente fã da natureza não há nada melhor que o Parco Sempione! Localizado entre o  Castello Sforzesco e o Arco da Paz, mais do que um espaço verde, é um espaço de vida, de culto para quem ama desporto ao ar livre. Posso dizer que foi lá que passei das melhores tardes da minha vida. Deitada no jardim, assisti às dezenas de pessoas que faziam jogging, yoga, e até artes marciais. Neste parque alugam-se pequenos póneis para os mais pequenos poderem passear e carrinhos com pedais para se divertirem. Os banquinhos enchem-se de idosos que aproveitam aquele ar fresco para ler um livro, e os casais apoderam-se dos locais mais privilegiados para namorar. Numa das entradas do parque, jogava-se basket, da outra ouve-se um concerto de música ao vivo . Fiquei mesmo mesmo mesmo encantada , aconselho! Quem puder dar um saltinho a Milão dê! Vão ver, é uma experiência maravilhosa!!!
Posto isto decidi fazer um apanhado da cidade:

 Aspetos positivos em Milão:
·         Tempo
·         Diversidade cultural (14% dos habitantes não são italianos)
        Oferta Cultural
        Lojas de moda infinitas
·         Gastronomia
·         Rede de transportes públicos
·         Espaços verdes
·         Os homens mais bonitos do mundo. (vá, as mulheres também.)
Aspetos negativos:
·         Preços (nomeadamente dos bens essenciais)
        O fato de ninguém falar/entender inglês
·         


Catedral de Duomo



                                                  Galleria Vittorio Emanuele II
                                               

Participantes do Festival de Manga 

                                                       Parque Sempione

Catelo Sforzesco 

Beijinho Grande, 

Lili

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Filme "Gaiola Dourada" - Sucesso de Bilheteira

Do Realizador Lusodescendente Ruben Alves, "Gaiola Dourada" tornou-se um sucesso de bilheteira, ao retratar fielmente e com humor a emigração portuguesa da década de 60/70.
"Gaiola Dourada" chega até às Salas de Cinema, para nos mostrar que a Tradição ainda se mantém. 
O Filme, traz-nos um misto de emoções, pois Portugal é terra mãe para quem emigra e terra madrasta para quem fica. 
Há cerca de 30/40 anos atrás, França o "El Dourado", para muitos dos emigrantes Portugueses em busca de melhores condições de vida. Os Homens "Maçons" e as Mulheres "Concierges", muito apreciados pelos Franceses, pelo sentido de responsabilidade e dedicação que demonstravam. 
O carácter dos Portugueses está bem patente no Filme, "qualquer coisa desenrascamos-nos".
A História de "Gaiola Dourada", personifica a vida de um casal de emigrantes Portugueses, ele "Maçon" e ela "Concierge"a quem certo dia lhes "bateu à porta" a oportunidade de uma vida, o regresso a Portugal, terra mãe que foram em tempos "forçados" a deixar. O Regresso era o desejado, óptimas condições financeiras para viver, depois de tanto tempo de trabalho "forçado" mas apreciado pelos Franceses, tanto que ninguém os queria deixar partir. Por isso, uma decisão difícil para todos mais do que um dia imaginariam...
Na minha opinião, um filme tecnicamente bem conseguido (realização, edição, fotografia e banda sonora) criando uma atmosfera de real aproximação ao público, beleza visual tratada com o mais ínfimo pormenor e ao ritmo da gargalhada popular do público português. 
Destaco as personagens tão bem interpretadas de Rita Blanco e Joaquim de Almeida, o típico casal emigrante português como "Maria" e "José", pois nem os nomes das personagens foram escolhidos ao acaso, e também a personagem de Maria Vieira como "Rosa" que não poderia ser deixada de fora, quando se trata de uma Comédia Portuguesa.
O Fado, o Bacalhau, e o Futebol como não poderia deixar de ser também presentes no Filme, que deixa assim bem vincada a Cultura e Tradição tipicamente Portuguesa. 
Fazendo um paralelismo, com os tempos de hoje, é caso para dizer que na década de 60/70 se tinha pouco, muito pouco mas emprestava-se o pão e um pouco de sopa...e agora?! 
Gaiola Dourada, recomendo. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O Dia do Nascimento





PORTUGUESES
Um pensamento Dele & Dela.
Um Blog, Diferente do universo existente, composto por Menino & Menina e gerido por Meninos. 
Saber Escrever, Gostar de Ler são as palavras de ordem de PORTUGUESES.
Uma Exposição de Temáticas, com Cultura & Literatura, paixão pela Arte & Espetáculo, a preocupação pela imagem com Moda & Lifestyle, apostando forte no Design, com a dedicação que vem do Desporto, sentindo o ritmo da Música, explorando Viagens, com visitas guiadas pela Gastronomia, não esquecendo o Humor tão característico de PORTUGUESES. 
Dois Corações com Paixões infinitas, 
João Matias & Liliana Silva
PORTUGUESES